segunda-feira, 25 de maio de 2009

Depois da Noitada

É quase meia-noite. Chego em casa sem sucesso de tentar voltar bêbada. Cabelo desgrenhado depois de duas horas me arrumando. Shows no mercado cultural da cidade e depois bar com os amigos. Chego no barzinho, a banda toca músicas do Chico Buarque. Incrível como esses programas especialmente melosos sempre acontecem quando seu namorado está longe. No meu caso, outra cidade. Namorar a distância não é fácil, requer uma paciência homérica, e capacidades incríveis de fidelidade. Se compensa? Me pego relembrando de como me sinto no exato momento em que desço do ônibus e sei que ele está me esperando, ansioso como eu, por um simples abraço. Sim, as coisas simples compensam qualquer coisa. Com ele a putaria não é generalizada como eu achava que seria o resto da minha vida. É individual, intima, precisa... É preciso mais do que uma cantada pra me levar pra cama hoje a noite. Um sorriso basta. Incrível como somos ridiculamente românticos bêbados.

3 comentários:

  1. "Incrível como somos ridiculamente românticos bêbados."

    Realmente... quanto mais bêbados, mais facil de demonstrar-mos nossos sentimentos!

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  2. Ah, pior é quando somos ridiculamente românticos sóbrios, que seria o meu caso...
    Mas sim, todos os programas melosos são para os solteiros/namorados cujo parceiro não está junto. Servem pra lembrar da paixão, eu acho...
    Adorei os teus escritos. Um beijo meu

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  3. Adoro putaria, mas se estivesse bêbada mesmo eu não lembraria de nada e eu choraria, choraria muito.
    Não é uma questão de ser romântica sóbria/bêbada, é uma questão de ser poeta demais.
    Adorei.

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