domingo, 17 de maio de 2009

Cotidiano

Conhecer uma pessoa no seu cotidiano sempre foi a pior parte pra mim, é nela que aparecem as decepções, mas não há como fugir de toda essa merda. No começo sempre podemos fantasiar sobre o cara, tentar enfiar na cabeça que você e ele combinam perfeitamente. Você também terá a liberdade de pensar que pela manhã depois do banho ele continuará encantador como na festa, amanhecerá sem mau-hálito, sem coçar o saco e que sempre abaixará a tampa da privada após mijar na sua presença.

Confissão: fosse esse o tipo de homem que eu conhecesse no dia seguinte ia me decepcionar, afinal, ele estaria se fazendo de bonzinho apenas pra me agradar. Não vou muito com a cara de quem agrada não sendo sincero, mas tenho que concordar que tentar fingir que se é educado é compreensível, pois afinal, você no começo de um relacionamento sempre tenta parecer menos porco do que é. O problema é que a decepção depois se torna mais dolorosa, porque finalmente vemos que ele é homem como todos os outros homens estereotipados.

Por essas e mais outras do universo masculino que apóio as toalhas molhadas na cama, afinal, ser o estereótipo do homem moderno nunca me pareceu matar ninguém. Sinceridade é uma merda, mas machuca menos que decepção pós-cama e assim, que seja bem-vinda a vida masculina nos lares. Ou você tem a opção de não se conformar com a rotina-da-pós-modernidade-dos-homens-sem-educação e tentar virar uma hippie-filósofa, vendendo suas bijuterias na rua, porque ao final, dessa maneira, você nem casa terá. E sem casa, adeus tampa da privada levantada!

(Isa Perse tentou virar hippie, mas desistiu ao gastar 400 reais numa saia)

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